
Você já ouviu falar do “vira-lata caramelo”? Esse cachorro simpático e querido, que aparece em muitas camisetas pelo Brasil, pode ganhar um status especial: o de patrimônio cultural imaterial do nosso País. Um projeto de lei que sugere essa ideia está em tramitação na Câmara dos Deputados e faz uma homenagem aos peludos.
O autor do projeto, deputado Felipe Becari (União-SP), explica que o termo “vira-lata caramelo” se refere a “um dos cachorros mais populares e amados do Brasil”, que tem olhos “expressivos e alegres”. “Eles são lindos, inteligentes e carinhosos. São muito ativos, fiéis aos seus donos e adoram se divertir e brincar com as pessoas”, diz o texto do projeto.
Segundo Becari, “mesmo sendo muito amados”, os cachorros sem raça definida enfrentam preconceito de algumas pessoas. Ele afirma que esses cães são tão “inteligentes, leais e adoráveis” quanto os de raça pura. Para o deputado, os vira-latas caramelo, frutos de várias misturas de raças, ajudam a mostrar que “a diversidade é uma das nossas maiores riquezas” como nação.
Se o projeto for aprovado, o vira-lata caramelo vai entrar para a lista de patrimônios culturais imateriais do Brasil, junto com a roda de capoeira, o queijo minas artesanal, o Círio de Nazaré, o Bumba Meu Boi, entre outros.
Em 2020, quando o Banco Central (BC) anunciou que iria lançar a nota de R$ 200 em setembro, muitos internautas fizeram uma campanha para que o caramelo fosse o escolhido para ilustrar a cédula. O BC usou o cachorrinho para divulgar a chegada da nota, mas disse que o animal escolhido era o lobo-guará, chamado pelo caramelo de “caramelo do Cerrado”.
Na ocasião, uma petição pedindo a troca foi criada pelo deputado federal Fred Costa (Patriota-MG) e teve mais de 70 mil assinaturas, mas o pedido foi negado pelo BC.
Por Yuri Spazzapan com informações do Estadão