Em 10 dias, o Amazonas bateu o recorde de maior número de queimadas já registradas para o mês de outubro desde o início da série histórica, em 1998. Foram 2.684 focos de incêndio em menos de duas semanas, quando o recorde anterior, de 2009, havia sido de 2.409 registros. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Nesta quarta-feira (11), Manaus amanheceu novamente coberta por uma fumaça de queimadas que castiga amazonenses há pelo menos dois meses. O mesmo cenário é observado em municípios da região metropolitana e do Sul do estado, onde se concentram os maiores níveis de desmatamento e queimadas.
➡️ Irrespirável! Manaus amanhece com 2ª pior qualidade do ar do mundo
— Metrópoles (@Metropoles) October 11, 2023
A população amazonense amanheceu com a cidade coberta por intensa fumaça nesta quarta-feira (11/10) pic.twitter.com/2pNYyfwYm1
Historicamente, o período de queimadas na Amazônia começa a diminuir em outubro, período de transição entre o verão amazônico e o inverno, na região. No entanto, com a presença do fenômeno El Niño, que intensifica a seca e o menor volume de chuvas, especialistas acreditam que a estiagem deve se estender por mais tempo.
Conforme a superintendência regional do Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a fumaça que cobre a capital do estado é oriunda de incêndios florestais na região metropolitana. Em todo o Amazonas, há 191 brigadistas do Ibama enviados para reforçar o trabalho do Corpo de Bombeiros, que realiza a Operação Aceiro, de combate a queimadas.