Em 11 anos, MS incorpora área maior do que a da Bélgica para a produção de grãos e florestas plantadas
Em um período de 11 anos, entre 2010 e 2011, Mato Grosso do Sul incorporou a produção de grãos e ao cultivo de florestas plantadas, 3,6 milhões de hectares. Essa área, maior do que a Bélgica, que tem cerca de 3 milhões de hectares, antes era utilizada somente para a pecuária.
Os dados foram divulgados nesta semana pelo Departamento Técnico da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), com base em pesquisa encomendada pela Rede ILPF.
A pesquisa apontou que o estado já superou a marca 2,5 milhões de hectares com sistemas de integração, como o Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e ocupa o primeiro lugar entre os que adotam esse método de produção.
“O resultado positivo no uso dos sistemas de integração se dá porque Mato Grosso do Sul fez a expansão de sua produção agropecuária baseada na conversão de áreas. A produção agrícola cresceu em áreas anteriormente ocupadas por pastagens. Tal mudança no uso e ocupação do solo tem sido o grande motor econômico do estado, ao mesmo tempo que tem garantido o cumprimento das metas ambientais para Mato Grosso do Sul e Brasil”, afirma a analista técnica, Eliamar Oliveira.
“Para se ter uma dimensão dos impactos econômicos, essa transformação injetou na economia do Mato Grosso do Sul algo em torno de R$ 12 bilhões ao longo desses 11 anos, tendo em vista os recursos necessários para implantação da soja, cerca de R$ 4,9 mil por hectare, e do eucalipto, aproximadamente R$ 4,5 mil por hectare, sobre áreas de pastagens”, detalha.
Por G1MS