Estiagem no Pantanal é a 5ª pior em 120 anos
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), o rio Paraguai, localizado no bioma do Pantanal, está no nível mais baixo de uma série histórica, após baixar quase 20 centímetros na última semana, ou cerca de 2 centímetros por dia, em Ladário (MS). O SGB-CPRM registrou que o ritmo de descida dos níveis de água deve se intensificar neste mês de agosto e piorar a crise hídrica na região. O prognóstico foi apresentado na Sala de Crise do Pantanal a convite da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA).
Em Cáceres (MT), a seca é a pior desde 1967 e em Ladário (MS), os níveis do rio atingiram o 5º pior índice dos últimos 120 anos, desde o registro começou a ser feito, em 1901. Este é o segundo ano consecutivo em que a bacia está na situação de vazante extrema e bate o recorde de seca em relação ao ano passado.
Também segundo o SGB-CPRM, o nível do rio só esteve mais baixo do que agora em poucos episódios durante uma seca entre as décadas de 1960 e 1970.
Segundo a Eletrobras Furnas, o reservatório da usina de Manso, que atende a região de Cuiabá (MT), opera com vazão mínima há mais de um ano e, atualmente, conta com 20,6% de seu armazenamento. Caso seja mantido o nível de utilização atual, poder haver um colapso hidráulico a partir da primeira quinzena de outubro deste ano.
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a região do Pantanal vive uma seca que dura dois anos. O órgão declarou que chuvas de até 30% acima ou abaixo da média não devem gerar uma mudança significativa durante o próximo mês, por serem chuvas mais escassas.