Falta de chuva ameaça safra de milho em Mato Grosso do Sul, preços devem decolar - Bolsão em Destaque de Três Lagoas
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Falta de chuva ameaça safra de milho em Mato Grosso do Sul, preços devem decolar

A falta de chuvas em Mato Grosso do Sul e a perspectiva de tempo mais seco para os próximos dias tem alterado o preço do milho no mercado.

Produtores agrícola tem se preocupado com a falta de chuva e uma colheita menor na segunda safra de milho, os índices podem superar as expectavas esperadas

A demora na semeadura e a irregularidade das chuvas aumentaram as incertezas em relação à produtividade das lavouras da segunda safra, o que reforçou o aumento dos preços, que operam em níveis recordes em muitos mercados brasileiros”, disse em nota o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Além disso, uma forte demanda continuam a impulsionar os preços, a baixa disponibilidade de milho devido a uma primeira safra menor de milho impulsiona os preços global.

O milho para entrega em julho subiu 1,1%, para US$ 6,80 3/4 o bushel, seu maior fechamento desde julho de 2013 na Chicago Board of Trade, com o interesse dos comerciantes em futuros de milho continuando à medida que a segunda safra de milho do Brasil sofre de condições climáticas secas.

“As estimativas privadas da safra brasileira de milho continuam a corroer com base nas condições climáticas quentes/áridas, com cerca de 50% da safra de milho do Paraná e mato-grossense agora em polinização”, disse a AgResource. “A perda de 13 a 16 milhões de toneladas de milho brasileiro é enorme em um mercado mundial que está sem ração.

A CME expandiu oficialmente os limites de preços dos grãos a partir de segunda-feira. Os novos limites diários para futuros de grãos são de 40 centavos por bushel para milho, US$ 1 por bushel para soja e 45 centavos por bushel para trigo.

Esses aumentos abrem as portas para ainda mais volatilidade do mercado e o potencial para maiores oscilações de preços, especialmente quando combinados com limites elevados de posição também”, disse Karl Setzer, da AgriVisor.

Estado de emergência em Mato Grosso do Sul por causa da seca

Autoridades de Mato Grosso do Sul declararam estado de emergência nesta segunda-feira (3), em edição do Diário Oficial por 180 dias, diante da falta de chuvas no Estado.

Veja AQUI na íntegra o “E” 26 que declara Estado de Emergência Ambiental em Mato Grosso do Sul.

Produtores segurando estoque

“Os detentores do cereal continuam retendo grãos ou demandando preços mais altos diante das expectativas de novas altas provocadas pela possibilidade de seca nas regiões centrais do Brasil”, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em Mato Grosso, maior produtor de milho do Brasil, os preços do milho ao nível produtor atingiram 77,6/60 kg reais (US$ 237,83/mt), alta de 4,3% na semana e 108,3% maior do que há um ano.

O contrato futuro de milho na CBOT esta semana atingiu uma alta de quase oito anos.

O contrato futuro de milho de julho na CBOT estava em US$ 6,68/bu às 04:05(noi), um aumento de 1,6% em relação ao fechamento anterior.

“Com 30% da safra plantada fora da janela ideal de plantio, o baixo volume de chuva previsto para maio pode reduzir consideravelmente a produtividade dessas culturas”, disse o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuaria de Goiás (IFAG) em relatório em 26 de abril.

Em Mato Grosso do Sul, 44% da área de milho apresenta maior risco de condições climáticas adversas, como seca e geada durante seu desenvolvimento.

A previsão de chuvas acumuladas em Mato Grosso do Sul indica que até 160 mm são esperados em maio e até 100 mm em junho, menos do que o exigido durante o ciclo de desenvolvimento da cultura, segundo o último relatório divulgado pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul.

Quase um quarto da segunda área de cultivo de milho do Brasil foi plantada fora da janela ideal de plantio nesta temporada, expondo as culturas a riscos climáticos.

Veja também: Indicativos aponta “seca extrema” com falta de chuvas na região de Três Lagoas

Falta de chuvas

Desde o início do plantio de milho, em fevereiro, as chuvas têm sido menor nos principais estados produtores de milho do Brasil.

Embora a previsão oficial divulgada no início de abril coloque a produção de milho do país em um recorde de 109 milhões de mt, muitos analistas agora esperam que a produção seja revista nos próximos dias.

As chuvas favoreceram as culturas no norte e oeste de Mato Grosso e no extremo oeste de Mato Grosso do Sul no fim de semana no Brasil, o que levou a pequenas melhorias na umidade do solo, mas a secura permanece bastante difundida em toda a faixa de milho safrinha.

“O tempo seco é esperado em todo o cinturão de milho safrinha esta semana, com quaisquer chuvas limitadas ao norte de Mato Grosso”, disse Maxar em seu boletim meteorológico diário em 26 de abril. “O tempo seco manterá as preocupações com a secura em toda a região, ressaltando o milho safrinha. Espera-se que as chuvas permaneçam limitadas durante o período de 6 a 10 dias, o que manterá o estresse das culturas.”

“Na região Centro-Oeste, a maior precipitação acumulada de cerca de 20 mm está prevista para o norte de Mato Grosso”, informou o INMET. “Em outras áreas da região, as chuvas serão escassas.”

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