Guerra na fronteira com o Brasil? Venezuela fará referendo para anexar território da Guiana - Bolsão em Destaque de Três Lagoas
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Guerra na fronteira com o Brasil? Venezuela fará referendo para anexar território da Guiana

A Venezuela fará um referendo para anexar um território da Guiana ao país. O anúncio foi feito pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em seu perfil no X (antigo Twitter) na 6ª feira (10.nov.2023). O país localizado no extremo norte da América do Sul disse que o anúncio é provocativo e que eventual decisão não terá efeito jurídico internacional.

A região de Essequibo ou Guiana Essequiba é disputada entre os 2 países há mais de 1 século. O local tem 160 mil quilômetros quadrados e é administrado pela Guiana, que tem como chefe de Estado Irfaan Ali. A Venezuela deseja anexar uma área que representa mais da metade do país vizinho.

A Guiana tem 214.969 quilômetros quadrados, com uma população de 800 mil habitantes. A línguas oficiais são inglês e Urdu, além de outras línguas regionais. A moeda é o dólar da guiana.

“No próximo referendo #3Dic (3 de dezembro) o nosso Povo decidirá democraticamente o seu futuro e o seu destino. Num dia que nos convoca a todos, para além das diferenças, pela defesa territorial e pelo respeito pela nossa soberania. Essequibo é da Venezuela!”, declarou Maduro.

O governo da Guiana disse neste sábado (11.nov.2023) que o referendo é um crime internacional e disse que a Venezuela tenta enfraquecer a integridade territorial do Estado soberano da Guiana. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 19 KB, em inglês).

O país defende que o tratado assinado em Washington em 2 de fevereiro de 1897, que determinou a linha divisória entre a colônia da Guiana Britânica e os Estados Unidos da Venezuela em 1899. O Reino Unido e a Venezuela concordaram que os resultados do acordo seriam uma solução “completa, perfeita e final”.

Durante mais de 6 décadas, a fronteira foi internacionalmente reconhecida, aceita e respeitada pela Venezuela, pela Guiana e pela comunidade internacional como sendo a fronteira terrestre entre os 2 Estados”, disse o governo do país.

A Guiana disse que o referendo é provocativo, ilegal, nulo e sem efeito jurídico internacional.

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