Liderado pela Venezuela ranking de queimas acende alerta para o Centro Oeste brasileiro com aumento de focos de incêndios

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),aponta que o território brasileiro acumulou desde o início do ano mais de 10 mil focos de incêndios. No entanto, a forte estiagem pode aumentar esse número rapidamente com a persistência de massas de ar seco na regiões do Centro-Oeste.

No continente sul-americano quem lidera as queimadas é a Venezuela com 12.037 focos registrados entre os meses de janeiro e maio, ela possui um território em torno de 916 mil km2.
10 vezes maior, o Brasil acabou de entrar em seu período seco, quando as queimadas passam a se alastrar de forma rápida e intensa.
No ano passado foram observadas queimadas desenfreadas inclusive com o Pantanal batendo recordes de chamas, a área vegetada também diminuiu com intensos incêndios acendendo o alerta, ou seja, o reflexo de redução dos focos pode ser por conta da redução da vegetação.
A Reunião da Sala de Crise do Pantanal, na qual foi destacado o baixo volume de chuvas nos últimos 30 dias no Estado e o indicativo de condições de seca em praticamente todos os municípios sul-mato-grossenses ao longo de 2021. A reunião, coordenada pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento), foi realizada segunda-feira (26).
“As informações repassadas pelos técnicos do Cemaden, do Inpe e do Serviço Geológico Brasileiro na reunião da Sala de Crise do Pantanal evidenciaram uma baixa precipitação pluviométrica nos últimos 30 dias. Além disso, o volume de chuva nos meses de janeiro a março deste ano ficou abaixo da média histórica e a previsão para os próximos 18 dias é de chuva irregular. Esse conjunto de fatores acenderam o alerta de seca, por isso já propusemos a Emergência Ambiental ao governador Reinaldo Azambuja”, comentou o secretário Jaime Verruck.
No “Monitoramento e Previsão da situação da seca no Pantanal”, o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) apresentou os índices de precipitação acumulada ao longo mês de abril nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e apurou o Índice Integrado de Seca (IIS3) de 11 de janeiro a 23 de abril de 2021. De acordo com o levantamento, o Cemaden estima 202 municípios, de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, já afetados por seca (entre fraca a extrema). Este mesmo cenário deverá se repetir no mês de maio.

Mato Grosso do Sul
Decreto que declara Estado de Emergência Ambiental em todo Mato Grosso do Sul por 180 dias, a contar de 1º de maio, publicado no Diário Oficial e amplia poderes às forças de segurança para agir na prevenção, combate e salvamento de vítimas de incêndios florestais, mesmo sendo necessário entrar nas casas e fazer uso de propriedade particular para esse fim, garantindo a indenização ao proprietário.
O decreto vem na linha de medida similar adotada pelo Ministério do Meio Ambiente e permite que o governo do Estado contrate ou adquira bens ou serviços em caráter emergencial, e prevê ainda a responsabilização do agente público ou autoridade administrativa que se omitir de suas obrigações.
Veja AQUI na íntegra o “E” 26 que declara Estado de Emergência Ambiental em Mato Grosso do Sul.
Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios no Pantanal traça estratégias de ações por terra, água e ar
O Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais no Pantanal vai traçar estratégias, preparar equipes, e também reconhecimento das áreas das operações por terra, água e ar. O projeto foi lançado, em Corumbá Mato Grosso do Sul
Levantamento das áreas
Antecipando-se ao período crítico dos focos de calor na região, que no ano passado ocorreu de janeiro a outubro, o Corpo de Bombeiros vai estruturar o 3º Grupamento de Corumbá com mais viaturas e lanchas. Cinco equipes serão deslocadas para as localidades de Rio Negro, Alto Paraguai, Paiaguás e Nhecolândia para reconhecimento das áreas quanto a acessos, pontos críticos e construção de aceiros para proteger as pontes de madeira.
Maior poder de resposta
Em 2020, o Estado realizou três grandes operações de combate aos focos de calor, de março a setembro, com apoio das Forças Armadas, envolvendo bombeiros de outros estados. Este ano, o Corpo de Bombeiros terá uma estrutura operacional maior.
O coronel Djan Leite adiantou que a corporação terá a disponibilidade de maquinários para abrir acessos nas regiões sem estrada ou alagáveis, cujos pontos críticos serão mapeados pelas equipes de levantamento, para garantir a rápida locomoção das tropas. A prefeitura de Corumbá também anunciou que está negociando a cessão de um helicóptero para atender o deslocamento dos bombeiros para áreas de difícil acesso.