COVID-19 - Mais de 85% das mortes em Três Lagoas entre maio e junho são de pessoas que não tomaram a vacina ou apenas a primeira dose - Bolsão em Destaque de Três Lagoas
Três Lagoas

COVID-19 – Mais de 85% das mortes em Três Lagoas entre maio e junho são de pessoas que não tomaram a vacina ou apenas a primeira dose

Os efeitos positivos da vacinação contra a COVID-19 começam a se destacar e trazem um pouco mais de segurança em relação à curva do vírus em Três Lagoas. Prova disso é a relevante queda dos atuais números de casos positivos diários, óbitos e ocupação de leitos na UPA 24 Horas e hospitais.

Conforme levantamento do Médico da Família e Comunidade do Setor de Vigilância Epidemiológica, Vinícius de Jesus Rodrigues Neves, houve 135 óbitos entre maio e junho deste ano, sendo que 115 estavam entre os que não tinham tomado a vacina ou apenas a primeira dose, o que representa 86% . Deste número, 19 pessoas haviam recebido as duas doses, porém 60% desses tinham idade acima de 80 anos.

“Nestes casos, o óbito é até compreensível, pois as vacinas como um todo apresentam redução de efetividade nas pessoas com idade mais avançada, também por terem alguma neoplasia ou comorbidade, o que compromete a imunidade. Só para se ter uma ideia, dos 19 pacientes que faleceram, mais de 30% tinham problemas neurológicos e 20% cardiovasculares”, explicou.

Ainda, o médico lembra que até maio havia poucas pessoas com a cobertura das duas doses. “Graças a preocupação de imunizar a todos os grupos prioritários e os seguintes, houve grande redução de mortes entre pessoas abaixo dos 60 anos. Diversos trabalhadores que receberam as vacinas mostraram que o efeito está sendo positivo. Um exemplo está entre os profissionais de saúde, um dos grupos que foram vacinados logo no início”, completou.

BAIXA OCUPAÇAO E LEITOS DISPONÍVEIS

A ocupação de leitos nas unidades hospitalares do Município também sofreu uma queda significativa e atualmente não há mais fila de espera para internações. Na Upa 24 Horas, há mais de 15 dias a média não passa de 10 pacientes.

No hospital público, existem disponíveis 25 leitos de enfermaria e 6 de UTI COVID. No hospital particular, são 17 leitos desocupados, sendo 8 em enfermaria e 9 em UTI. Parte destas ocupações são por pacientes de outros municípios.

Estas informações estão no Boletim COVID desta terça-feira (06).

QUEDA DE CASOS

Os boletins diários também sinalizam uma redução no número de casos positivos e óbitos. Nos cinco primeiros dias de junho, foram registrados 491 casos positivos e 09 mortes. De 01 a 05 de julho, a soma é de 218 casos positivos e 04 óbitos, uma queda de 55,6%, comparada ao mês anterior.

O reflexo da imunização com as duas doses já vem sendo sentido desde maio, quando o número de mortes foi de 80 e em junho, 55.

AÇÕES DE PREVENÇÃO

A secretária de Saúde, Elaine Furio, considera que a redução de casos é resultado das ações dos vários setores da Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com o Comitê Municipal de Enfrentamento à COVID-19 e toda a população.

“É importante destacar o trabalho desses setores tão essenciais na luta contra essa doença. O comprometimento da gestão Angelo Guerreiro em melhorias nas unidades e a aquisição de equipamentos, a parceria do Governo do Estado, o empenho e coragem dos profissionais de saúde na linha de frente dessa pandemia, as decisões do Comitê, as fiscalizações e, claro, a fundamental conscientização das pessoas quanto às medidas de segurança”, pontuou.

Contudo, Vinícius reforça que o perigo ainda não acabou. Para reduzir ainda mais estes números, a prevenção e a vacinação são ainda as melhores alternativas, em especial por haver perspectiva de aumento grande do número de casos nos próximos meses, em função da variante Delta, que logo deve se tornar a predominante no país e é mais infectante que as anteriores:

“Assim como em outros municípios do país e em outros lugares do mundo, a vacina ainda é o melhor meio de se prevenir a COVID-19, bem como as internações e mortes por essa doença. Num momento em que não há tratamentos precoces ou que combatam a infecção, é necessário que nos vacinemos, completando as duas doses, para que a proteção seja a mais efetiva possível”, concluiu.

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