Marcha de Evo Morales Escala Conflito Político na Bolívia e Ameaça Mandato de Luis Arce
A marcha liderada por Evo Morales em setembro de 2024 na Bolívia reflete a crescente tensão política entre o ex-presidente e o atual governo de Luis Arce. Morales, acompanhado por milhares de apoiadores, partiu de Caracollo, na região de Oruro, em uma caminhada de cerca de 187 km até La Paz, com o objetivo de protestar contra as políticas econômicas do governo, como a escassez de dólares e combustíveis. Seus seguidores, muitos deles mineradores, camponeses e indígenas, reivindicam “salvar a pátria” e apoiar uma nova candidatura de Morales para as eleições presidenciais de 2025.
No entanto, o governo de Arce vê essa marcha como uma ameaça à ordem constitucional, acusando Morales de tentar antecipar o fim do mandato presidencial e de provocar uma crise para se posicionar como salvador do país. Esse confronto culminou em embates entre os partidários de Morales e Arce em El Alto, com incidentes violentos e feridos.
A disputa interna no Movimento ao Socialismo (MAS) está no centro desse conflito, com Morales buscando retomar o poder e Arce defendendo a continuidade do governo e a renovação da liderança do partido. As tensões políticas prometem escalar ainda mais à medida que a marcha avança em direção à capital e os bloqueios de estradas aumentam