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Milhares protestam contra o governo esquerdista da Colômbia

Milhares de colombianos realizam a primeira marcha nacional contra o governo do presidente Gustavo Petro ontem segunda-feira, 26. Entre outras pautas, os manifestantes demonstraram descontentamento com o aumento do preço da gasolina e com as ameaças à propriedade privada promovidas por camponeses “sem terra”.

As manifestações percorreram as ruas de Medellín (noroeste), Cali (sudoeste), Bucaramanga (nordeste) e outras capitais, com clamor variado. Alguns dos cartazes expostos diziam “Respeito à propriedade privada” ou “Petro incentiva o crime em vez da produção”. A chegada do governante ao poder estimulou indígenas e outros camponeses a ocuparem à força dezenas de propriedades, em um dos primeiros conflitos sociais.

Petro se tornou o primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, ao conquistar pouco mais da metade do eleitorado com uma bateria de reformas, com o objetivo de aumentar os impostos sobre os ricos, frear a exploração de petróleo e uma reforma agrária para distribuir terras férteis aos pobres, entre outras.

Para colocar em prática essas iniciativas, o líder esquerdista formou uma coalizão legislativa majoritária com o apoio de vários partidos tradicionais. 

Líder da Colômbia sugere que petróleo é mais prejudicial que cocaína

Durante discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, na terça-feira 20, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu aos países latino-americanos que “unam forças para acabar com a guerra às drogas” no continente.

“A diminuição do consumo de drogas não precisa de guerras, mas, sim, que seja construída uma sociedade melhor, solidária e afetuosa, em que a intensidade da vida nos salve dos vícios”, disse Petro, na terça-feira 20, ao afirmar que a atual política de enfrentamento “fracassou”.

Petro minimizou ainda o uso da cocaína. “Foi decidido que essa droga é o veneno e deve ser perseguida, mesmo causando um baixo número de overdoses, muitas por resultado de misturas com outras substâncias”, observou. “Contudo, o carbono e o petróleo devem ser protegidos, mesmo que seus usos levem a humanidade à extinção.”

Revista Oeste

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