MS terá mais uma linha férrea para escoar a celulose de Três Lagoas via Aparecida do Taboado
Será realizado um estudo de avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico em municípios de Mato Grosso do Sul — Três Lagoas, Selvíria e Aparecida do Taboado — para a Ferrovia Eldorado.
A autorização foi divulgada nesta terça-feira (14), por meio de publicação no DOU (Diário Oficial da União). O estudo deve ser guiado por arqueólogos ao longo de quatro meses de análises.
Segundo o texto, o projeto será liderado pelo Lab/MuArq (Laboratório de Pesquisas Arqueológicas, Museu de Arqueologia), da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul).
O projeto para construção da linha férrea Três Lagoas-Porto de Santos, que terá 90km de extensão e contará com cerca de R$ 900 milhões em recursos privados. O projeto já recebeu o aval do governo para construção e a previsão é de que seja concluído em três anos. Com isso, a companhia deve obter mais eficiência logística e redução de custos na exportação da celulose.
“Nos próximos três anos, quando os 90 km que faltam da linha férrea tiverem sido construídos, nós vamos embarcar celulose em Três Lagoas e descarregar nesse terminal (em Santos). Então, isso tudo é ganho de competitividade para a indústria brasileira, que mais oportunidades irá gerar. É um orgulho para nós vermos uma obra linda como essa e imaginar o que ela trará de benefícios para operação da própria Eldorado e do setor como um todo”, afirmou Wesley Batista, controlador do Grupo J&F.
“Estamos estudando a possibilidade de ligar a nossa fábrica até a linha que fica em Aparecida do Taboado (MS), escoando celulose da nossa fábrica diretamente para o Porto de Santos. Devemos finalizar os estudos e levar isso ao Conselho de Administração até o final do ano”, afirmou Flávio da Rocha Costa, gerente geral de Logística da Eldorado.
Ainda de acordo com o executivo, os investimentos para construção do trecho ferroviário Três Lagoas-Porto de Santos serão feitos pela própria companhia. “Entramos na nova lei que o Governo Federal fez no ano anterior, onde a gente vai ter 99 anos de contrato”, acrescentou.