A multinacional Arauco, com sede no Chile, confirmou nesta quarta-feira (22) a mais nova planta processadora de celulose em MS com investimentos orçados em R$ 15 bilhões (US$ 3 bilhões), a planta será instalada em Inocência (MS).
A fábrica terá capacidade de processamento de 2,55 milhões de toneladas por ano, se igualando a planta que é erguida em Ribas do Rio Pardo pela Suzano.
Conforme os dados preliminares obtidos pelo jornal Correio do Estado, a construção começará em 2024 e a indústria deve entrar em operação em 2028.
MULTINACIONAL
A Arauco, apesar de não listar suas ações na Bolsa de Valores brasileira, a B3, comercializa suas ações na Bolsa de Santiago. E não pode fazer anúncios da magnitude de uma nova planta sem antes comunicar seus acionistas.
A nova planta será construída na região leste do Estado, que também ficou conhecida no passado como Bolsão.
Atualmente, a multinacional chilena já mantém um investimento na região: a Mahal Empreendimentos e Participações S.A., localizada na MS-240, no município de Paranaíba, cuja unidade, porém, está mais próxima da cidade de Inocência.
A Arauco mantém florestas plantadas em Inocência, Paranaíba e Aparecida do Taboado.
Os sinais de que a empresa chilena pretendia expandir suas ações na região começaram a ser dados no fim do ano passado, quando a Mahal (subsidiária da Arauco) foi ao mercado para emitir R$ 150 milhões em Cédula de Produto Rural (CPR) por meio do Banco Safra.
O objetivo seria financiar a expansão de florestas plantadas, adotando, inclusive, práticas ESG (Enviromental, Social e Governance – Ambiente, Social e Governança, na tradução livre), que tem sido cada vez mais cobrada por investidores.
A Mahal, atualmente, já fornece eucaliptos para a unidade processadora de celulose da Bracel, localizada em Lençóis Paulista (SP). A possibilidade de uma parceria entre Arauco e Bracel não é descartada.
No Brasil, o grupo chileno Arauco tem unidades em Piên e em Jaguariaíva (850 mil m³/ano), ambas no Paraná. No município de Araucária (PR), região metropolitana de Curitiba, mantém uma planta química industrial (142 mil toneladas/ano), produzindo resinas e outros produtos, para comercialização e para abastecer suas unidades industriais de painéis no Paraná.
A multinacional chilena conta com indústrias de celulose, papel e derivados de madeira no Chile, na Argentina, no Uruguai, no Brasil e no México.
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