Nº de assassinatos em 2022 é o menor já registrado

O número de assassinatos caiu 1% no Brasil em 2022. Foram 40,8 mil mortes violentas em todo o país — média de mais de 110 vítimas por dia. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado pelo g1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
O total de mortes violentas ainda é elevado, mas representa um alento: o Brasil atingiu o menor número da série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que coleta os dados desde 2007, e do Monitor da Violência, que coleta desde 2018. É o segundo ano seguido que isso acontece: em 2021, foram 41,2 mil mortes
Os dados, no entanto, acendem um alerta: a tendência de queda de violência no país, iniciada em 2018, pode estar chegando ao fim, avisam especialistas.
Veja os principais destaques do levantamento:
- O Brasil teve 40,8 mil assassinatos em 2022, o menor número da série histórica do FBSP – uma queda de 1% em relação a 2021;
- No último trimestre, porém, um alerta: houve alta de 6,5% nas mortes;
- Redução das mortes foi puxada por Norte (-3,5%) e Nordeste (2,2%);
- Destaque para as quedas no Amapá (-28,5%) e Roraima (14,1%);
- Mesmo com a queda nacional de 1%, 14 estados brasileiros tiveram alta de mortes;
- Centro-Oeste puxou a alta (4,5%), liderado pelo Mato Grosso (24,1%);
- Número de mortes voltou a subir em São Paulo (7,1%) e Minas Gerais (6,3%)
- Segundo os especialistas, diversos fatores estão por trás dos indicadores de violência em queda nos últimos anos: políticas públicas estaduais, mudança nas dinâmicas dos grupos criminosos, mais recursos disponíveis para o setor da segurança pública, entre outros.
Queda histórica
O número de assassinatos no Brasil em 2022 é o menor se for levada em conta a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, iniciada em 2007, e os levantamentos realizados pelo Monitor da Violência desde 2018.
O patamar impressiona porque, até 2011, o Fórum contabilizava as ocorrências (em que é possível ter mais de uma vítima). Já os dados coletados desde 2012 pelo Fórum e desde 2018 pelo g1 se referem a números de vítimas. Mesmo assim, os números dos últimos anos são os menores da série histórica.