
A “onda” de fumaça que cobre a cidade de Manaus se tornou mais densa durante a madrugada e a manhã deste sábado (4), quando completa uma semana, informa o G1 Amazonas. A qualidade do ar na cidade é considerada péssima pelo “Selva”, sistema desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
A capital do Amazonas é o epicentro de uma grave crise ambiental que atinge o estado, causada tanto pela seca dos rios quanto pelas queimadas. O problema da estiagem deixou todos os municípios estão em situação de emergência e, segundo a Defesa Civil, mais de 600 mil pessoas já foram atingidas. As mais de 15 mil ocorrências de fogo nos últimos três meses levaram o governo do estado a decretar emergência ambiental.
Essa é a segunda vez que Manaus enfrenta uma onda de fumaça constante. A primeira vez ocorreu no início de outubro e, segundo o Ibama, o problema foi causado pelas queimadas feitas por agropecuaristas. Na madrugada deste sábado (4), o problema piorou, e Manaus voltou a ficar totalmente encoberta. O cheiro de queimadas invadiu casas e incomodou moradores, levando muitas pessoas a usarem máscaras para sair de casa. Algumas compartilharam imagens nas redes sociais, como a cientista Erika Berenguer.
A visibilidade em Manaus agora. São 2 milhões de habitantes da cidade que, no meio da maior floresta tropical do mundo, não têm ar puro para respirar. pic.twitter.com/WG5Ko6y0KC
— Erika Berenguer (@Erika_Berenguer) November 4, 2023
Em nota, o Governo do Amazonas disse que o fenômeno é causado por queimadas ocorridas no estado do Pará e, em menor intensidade, na Região Metropolitana de Manaus. O estado afirmou ainda que, com a baixa precipitação, a massa de calor sobre Manaus deve continuar a interferir na qualidade do ar para os próximos dias, porque as partículas de fumaça têm dificuldade em se dispersar nessas condições.
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