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Petrobras renova contrato com Bolívia por gás

Aditivo foi acordado em 2022 e celebrado agora, após trâmites internos de governança. País vizinho enfrenta dificuldades na produção de gás e tem solicitado investimentos da Petrobras

A Petrobras renovou o contrato de importação de gás natural da Bolívia. De acordo com a estatal, a medida foi tomada após o cumprimento de trâmites internos de governança e prevê mudanças no perfil de entregas do volume total de gás contratado pelo petroleira brasileira.

O aditivo prevê a manutenção do volume máximo de 20 milhões de mpor dia, com maior flexibilização dos compromissos firmes de entrega e recebimento de acordo com a sazonalidade da oferta, garantindo assim o fornecimento em equilíbrio contratual para as empresas e a possibilidade de venda adicional de gás pela YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) para outros importadores brasileiros“, diz o comunicado divulgado pela estatal.

A decisão veio após diversos encontros entre representantes da Petrobras e contrapartes bolivianas. A produção de gás do país vizinho vem enfrentando dificuldades há pelo menos 9 anos. No período, caiu de 59 milhões de m³ por dia para 37 milhões de m³ dia. Em setembro deste ano, o presidente boliviano, Luiz Arce, chegou a dizer que a produção local estava no fundo do poço.

“A produção, lamentavelmente, vem caindo, até chegar ao fundo. Estamos fazendo, como governo nacional, altos investimentos em exploração para reconstituir as reservas de gás. Perdemos muitas reservas nesse período, que não foram substituídas, e o país não tem capacidade para produzir mais”, afirmou Arce.

No início deste mês, o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Franklin Molina Ortiz, esteve em Brasília para pedir mais investimentos da Petrobras para financiar a produção do país vizinho. Além da queda na exploração, a Bolívia enfrenta a provável perda dos recursos do governo argentino nos negócios. Buenos Aires tem trabalhado em um plano para deixar de depender do gás do país vizinho em 2024, a partir da exploração das reservas em Vaca Muerta.

O contrato oficializado agora foi acertado em agosto do ano passado. Vale lembrar que o Brasil é altamente dependente do gás boliviano.

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