Professor de tênis é preso por abusar de alunas em Mato Grosso do Sul
Aluno denunciou professor depois de achar imagens pornográficas em celular
Uma ação da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) prende um professor de tênis de 32 anos nesta quarta-feira (5), por estuprar meninas com idades entre 11 e 13 anos, as mesmas frequentavam uma associação beneficente na capital em Mato Grosso do Sul.
A Justiça decretou a prisão preventiva referente ao armazenamento de fotos e vídeos do estupro, crime pelo qual o suspeito foi preso em flagrante, o professor foi denunciado pelo namorado de uma das vítimas, que descobriu um vídeo da menina sendo abusada pelo professor.
Também foram apreendidos objetos sexuais que ele usava para estuprar as vítimas.
A Prisão
Franciele Candotti delegada que atuou no caso, diz que há aproximadamente dois meses a Depca recebeu uma nova denúncia contra o professor, ele é reincidente e já foi condenado pelo mesmo crime em 2015 o professor chegou a ser desligado da associação, depois voltou a trabalhar no local até 2019.
No entanto, a polícia descobriu por conversas de aplicativo que o autor já tinha conhecimento que era alvo de investigação e vários arquivos de notebook foram deletados por ele, na tentativa de apagar os vestígios, que acabaram recuperados pelos investigadores.
No celular foi apreendido três vídeos pornográficos com crianças e adolescentes e com uma mulher adulta.
Mas, a descoberta dos abusos se deram quando o namorado de uma das vítimas de 13 anos ao olhar o celular da menina e flagrar um vídeo em que a adolescente era estuprada, sendo obrigada a fazer sexo oral no professor. O garoto, então, foi até a associação beneficente e fez a denúncia, que por sua vez acionou a polícia que acabou na prisão do professor.
Ainda segundo informações obtidas pelo Jornal Midiamax, após a descoberta dos vídeos no celular da namorada, o garoto teria chantageado o professor pedindo dinheiro para que ele não espalhasse os vídeos e fotos na internet.
Foram identificadas 5 vítimas até o momento, as investigações podem levar a outras vítimas. O professor levava as menores até uma sala de informática, identificada pelas características do ambiente e do piso nos vídeos, praticava os estupros e filmava. No entanto, a forma como o criminoso atuava acabava por vezes se confundindo com uma situação de ‘carinho’.
O suspeito foi ouvido e alegou que houve consentimento por parte das vítimas, mas como são todas menores de 14 anos, ele irá responder por estupro de vulnerável.
‘Conquistava’ as vítimas
Conforme a delegada, o professor era visto tanto por alunos quanto funcionários da associação como uma pessoa muito simpática e muito querida. Com o jeito carismático, ele acabava conquistando as vítimas, que pela situação de muitas vezes terem pouca instrução em casa, acabavam persuadidas pelo professor.
Até mesmo a senha do Netflix ele oferecia para ganhar a confiança das vítimas, dando também presentes. A polícia apurou que, na maioria das vezes, ele fazia com que as vítimas praticassem sexo oral e filmava o ato. Nesta quarta-feira, após a prisão, algumas vítimas foram ouvidas na delegacia.
Antecedentes
Ainda conforme informações policiais, há 6 anos, o desligamento da instituição ocorreu justamente por ele ter abusado sexualmente de uma aluna, menor de idade. Na época, ele a puxou pelo braço, tirou a roupa e a obrigou a masturbá-lo. Ela o denunciou e o professor foi condenado pelo crime de estupro de vulnerável, mas conseguiu recorrer em liberdade.
“O que mais espanta é que ele foi demitido em 2016 porque mexeu com uma menina na sala de informática e foi registrado boletim de ocorrência, ele foi condenado e mesmo assim a gerente na época o recontratou e lá ele ficou por mais 6 anos”, lembra à delegada. Segundo ela, a responsável na época acreditou no professor e não na vítima. Em 2019 ele voltou a ser demitido, mas “por problemas administrativos”.