Dados fornecidos pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) mostram que 8,7 em cada dez médicos formados no exterior que tentaram validar seu diploma para atuar no Brasil, por meio do Revalida, não passaram para a segunda etapa no primeiro semestre deste ano.
Dos 9.236 presentes, só 1.217 foram para a fase seguinte, que exige avaliações práticas. Isso representa uma aprovação de 13,18%. No segundo semestre do ano passado, esse índice foi ainda menor: somente 12,75% dos 7.004 concorrentes passaram na primeira etapa do concurso. Desses, só 14,07% avançaram após a segunda fase: 265 candidatos.
A Bolívia foi o país com o maior número de aprovados na etapa final do segundo semestre de 2022. Foram 612. Na sequência vêm Cuba, com 512 no mesmo período, e Paraguai, com 409.
Hoje, o candidato precisa desembolsar R$ 4.516,09 para fazer as duas provas do Revalida. A sigla significa Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira.
Se não forem aprovados, os brasileiros ou estrangeiros graduados em medicina em outros países não podem solicitar o registro nos conselhos regionais de medicina, CRM.
A nota de corte para o teste das habilidades clínicas do Revalida foi anunciada na quinta-feira, dia 18: os participantes da segunda etapa deste ano precisam tirar o mínimo de 60,722 pontos de 100, a nota máxima, para serem aprovados.
O Revalida tem duas fases: a primeira é uma prova escrita, que possui questões objetivas e discursivas, e a segunda, um exame prático, que simula atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde) para testar as habilidades dos candidatos.
A prova de habilidades clínicas deste ano está marcada para os dias 24 e 25 de junho. O exame é estruturado em dez estações, em que o participante deverá realizar tarefas específicas das cinco grandes áreas: clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ginecologia e obstetrícia, e medicina da família e comunidade – saúde coletiva.