"Tsunami" Casos de síndrome gripal explode no Brasil e pico deve ser em Fevereiro - Bolsão em Destaque de Três Lagoas
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“Tsunami” Casos de síndrome gripal explode no Brasil e pico deve ser em Fevereiro

Experiência em outros países aponta quando pico no Brasil vai passar; entenda

O Brasil registrou na última terça-feira (18) o maior número de casos diários de covid-19 desde o início da pandemia. com 140.342 casos, sendo que a média móvel dos últimos dias está em 84.785. Os números altos, no entanto, não estão significando explosão no número de mortes: foram 325 nas últimas 24 horas com média de 185 nos últimos 7 dias. 

A tendência com a variante Ômicron, no entanto, é que o pico de casos seja atingido no início do mês de fevereiro no País e caia a partir de então. 

Um exemplo de como a Ômicron pode se comportar no Brasil é a África do Sul. O país foi a origem da variante, no final de novembro, e atingiu o pico de infectados no dia 15 de dezembro de 2021, com 26.389 casos. Após isso, o número caiu e no dia de ontem foram registrados 3.657 novos casos de acordo com o JHU CSSE COVID-19 Data.

Outro país que foi muito atingido pela variante, o Reino Unido também já registra queda nos dados. No dia 4 de janeiro foram 218.705 casos e nesta terça-feira (18) foram 93.890. 

Especialistas acreditam que, por ser mais transmissível e por encontrar a população brasileira mais vacinada, a tendência é essa queda se repetir no país. 

“É um tsunami que vem e vai muito rapidamente. Se considerarmos a semana entre Natal e Ano Novo como início da curva epidemiológica, teremos o pico no começo de fevereiro para depois começar a queda”, disse o epidemiologista e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, ao jornal O Globo.   

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul possui 12.771 casos ativos da Covid. Os foram apresentados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quarta-feira (19). Desde o começo do ano, todos os indicadores voltaram a subir. O boletim epidemiológico desta quarta-feira apresenta 1.709 novas infecções no Estado. A média móvel indica 1.131 confirmações diárias na última semana. 

A secretária adjunta da SES, Christinne Maymonne enfatizou o aumento da taxa de positividade no Laboratório Central do Estado. “A transmissão é muito rápida e dos testes que fazemos, aquele swab que é feito no Lacen, nós saímos do dia 2 de janeiro de taxa de positividade 10 para 50,1. Então o vírus está circulando bastante. Por isso esse alerta está mais expressivo em relação aos cuidados que você deve ter com você e as pessoas que você ama”, alertou.

Os casos novos foram confirmados em sua maioria nos municípios do interior do Estado: Aparecida do Taboado (182), Corumbá (140), Dourados (116), Maracaju (115) e Nova Andradina (94). 

Dos mais de 12 mil casos ativos no Estado atualmente, 204 são pacientes internados em leitos clínicos (144) e de UTI (60). No comparativo com o primeiro boletim do ano, que contava com 46 internações, o aumento é de 343%. A taxa de ocupação global de leitos SUS UTI por macrorregião está em 82% em Corumbá, 67% em Dourados, 60% em Campo Grande e 55% em Três Lagoas. 

Presidente do Comitê Gestor do Prosseguir, o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel falou desse aumento na ocupação de leitos e reafirmou o compromisso com a transparência destacando a importância da vacinação nesse cenário. “Mato Grosso do Sul tem 91,7% da nossa população acima de 18 anos completamente vacinada, isso faz toda diferença para que a gente não tenha nesse novo momento dessa onda da Omicron, uma ocupação de uma maneira tão agressiva  nos nossos leitos hospitalares, mas que está crescendo dada a dimensão desse contágio que esta existindo. Estamos atentos a esse movimento. E é importante que o aumento de testagem que estamos fazendo dê tranquilidade à população até para que ela tenha esse autocuidado. Essa consciência e a responsabilidade”, declarou. 

Nas ultimas 24 horas foram registrados 4 novos óbitos pela doença no Estado, sendo pacientes que residiam em Campo Grande, Corumbá, Coxim e Dourados. A média de mortes na última semana subiu de 1,1 do primeiro boletim do ano para 3,1. O total de óbitos desde o início da pandemia é de 9.768. 

Ao final da live, Riedel também esclareceu sobre possíveis medidas restritivas para Mato Grosso do Sul. “Outra discussão que estamos tendo muito e somos muito cobrados por isso em termos de uma posição é se vai haver algum tipo de medida restritiva, e reafirmo aqui: não está previsto até o momento, nenhum tipo de medida restritiva. Nós temos mantido nossa capacidade de atendimento à saúde, sempre foi a maior preocupação durante a pandemia, que pessoas tivessem acesso a uma condição caso necessário fosse. Nós vamos continuar monitorando e conversando com a sociedade”. 

Confira aqui o detalhamento do boletim Covid e Influenza divulgado pela SES nesta quarta-feira. 

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